segunda-feira, 5 de julho de 2010
O que bebe o nosso Brasil
O que bebe o nosso Brasil
Sabemos que a cachaça é a mais brasileira de todas as bebidas, porém, integram a categoria de aperitivos as bebidas amargas à base de catuaba, alcachofra e vegetais e os vermutes à base de vinho. Em franca ascensão no mercado consumidor mundial, no Brasil têm lugar garantido suas versões populares, o que garante aos chamados aperitivos, vendas de cerca de 50 milhões de litros por ano, e mais de 25 milhões de litros de vermute.
A primeira cerveja elaborada no Brasil foi a Bohemia, 1853. Nesse mercado, só perde em volume para os EUA (23,6 bilhões de litros/ano), China (18 bilhões de litros/ano) e Alemanha (11,7 bilhões de litros/ano). O consumo de bebida, em 2002, totalizou 8,41 bilhões de litros.
O charme das champanhes e espumantes conquistou o consumidor brasileiro. As champanhes apresentaram em 2002 vendas de mais de 3 milhões de litros, com crescimento em torno de 7% em relação ao ano anterior. Seus apreciadores estão nas classes mais abastadas e o maior consumo ainda se dá em ocasiões formais e festivas. Já os vinhos espumantes são os maiores responsáveis pelo volume de vendas crescente da categoria como um todo. No ano passado, a comercialização deste produto chegou a mais de 6 milhões de garrafas.
Resultante da destilação do vinho, o conhaque ou "Brandy" importado diretamente da região francesa de Cognac, a sudoeste de Paris, é consumido pelo público masculino de maior poder aquisitivo. Nessa categoria porém, incluem-se também destilados como a Grappa italiana, o Kirschwasser alemão e o Poire e o Calvados franceses. A grande parte das vendas no Brasil é das variações brasileiras e o volume total é de 60 milhões de litros.Os energéticos são bebidas não alcoólicas que ocuparam espaço junto ao consumidor jovem brasileiro, primeiramente com importados, depois através de produção nacional. São mais de 25 marcas à disposição, consumidas também em misturas com bebidas alcoólicas como uísque e vodka.No Brasil comercializa-se em torno de 600 mil litros por ano, sendo que uma proporção é de importados. É geralmente apreciado com água, tônica e limão. É fabricado com a destilação de álcool de cereais como malte, cevada e milho, misturados com grãos de zimbro e outras especiarias.
Os Licores com vendas anuais ao redor de 7 milhões de litros, trata-se de uma categoria de mercado estável e pulverizado, com a produção informal de licores tão domésticos como o de jenipapo, dividindo espaço no imaginário do consumidor nacional com grandes marcas nacionais e globais. É uma categoria que tem se reinventado com a versão "on the rocks" e que viu as vendas crescerem no mercado brasileiro nos últimos anos.
O Saquê é uma bebida fermentada tradicional do Japão, fabricada pela fermentação do arroz. Classificado na mesma categoria do vinho, o saquê é um fermentado natural, com graduação alcoólica de 14% a 26%. A melhor temperatura para o saquê ser consumido é de 35º C, porque nesta temperatura se percebe melhor as delicadas características da bebida. Mas pode ser bebido em temperaturas superiores ou inferiores, de acordo com a estação do ano.
A tequila está na categoria tem indicação de origem reconhecida no mercado mundial e selo de qualidade do governo do México. Seu ingrediente principal é a seiva do mezcal, planta da família das babosas do gênero agave. É a base das célebres margaritas e conquistou espaço importante no mercado brasileiro nos últimos anos, com vendas em torno dos 4 milhões de litros.
"Whisky" em inglês, puro malte ou "Blend", podendo ser "Scotch" se envelhecido na Escócia, pelo menos por três anos, o pouco conhecido irlandês, ou ainda o "Bourbon" americano e o canadense. No Brasil, os consumidores acostumaram-se a outro corte: o importado, o engarrafado localmente com malte 100% importado, e o fabricado aqui, com maltes nacionais e importados. São cerca de 20 milhões de litros vendidos todos os anos de alto valor agregado.
Os vinhos são pujantes 300 milhões de litros consumidos anualmente com muito gosto e critério pelos brasileiros, que viram crescer e sofisticar-se o espaço dedicado à milenar bebida nas prateleiras do varejo em todo o País. O crescimento, de impressionantes 20% ao ano na virada no milênio, continuou nos últimos anos dois anos em pelo menos 5% ainda que o desembolso médio dos consumidores tenha diminuído. Acredita-se que o consumo per capita no Brasil gire em torno dos dois litros por ano. Nos estados do Sul e Sudeste, a média anual aumenta para dois litros e meio.
E a vodka talvez a primeira forma de bebida alcoólica, trata-se de um produto de imagem dinâmica, sem sabor dominante, e que permite variadas misturas com frutas, refrigerantes, energéticos e outras bebidas. A tendência da categoria é de expansão no mercado internacional e brasileiro, onde as vendas crescem a taxas próximas a 10% ao ano. A categoria ultrapassou os 25 milhões de litros em 2002.
Este artigo acima faz parte da primeira edição da revista Aprecie de dezembro de 2009, logo postarei ,conforme já me pediram, o artigo dos vinhos e seus taninos, com dicas da bebida para ser saboreada ainda mais nesta época do ano.
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